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Magé/RJ mostra que o Jiu-jitsu no currículo escolar ajuda alunos com autismo e obesidade

Em princípio contrários, pais de alunos com autismo e obesidade vêm no Jiu-jitsu no currículo escolar uma ferramenta para a qualidade de vida dos filhos

De forma inovadora e quebrando os estigmas vinculados ao Jiu-Jitsu, uma pequena escola ra região de Fragoso, na cidade de Magé/RJ, incluiu a modalidade na grade curricular. As aulas são ministradas para mais de 150 alunos, de 3 a 9 anos, do Centro Educacional Soares Coimbra. O responsável é o professor de Educação Física e faixa preta em Jiu-Jitsu, Luciano Moreira. A atividade já apresentou grandes resultados, como a melhora dos alunos na escola, em casa e na própria saúde.

Pensada para ser uma classe inclusiva, Luciano ministra aulas para crianças com grau de autismo, em que trabalha a interação e as capacidades desses alunos diante dos desafios que parecem impossíveis de superar. Em alguns estudos observou-se que o contato físico é uma das principais formas de se obter uma comunicação com o autista.

Neste âmbito e com base nos depoimentos dos familiares e professores do CESC, a modalidade se mostrou eficaz, porque promove forte contato físico que pode facilitar o diálogo corporal, além de otimizar o desenvolvimento psicomotor. Durante a luta, a criança é capaz de desenvolver a coordenação espaço-temporal, esquema corporal e ritmo (respiração), além de melhorar algumas valências físicas: agilidade, força, resistência.

Para além do contato físico, a atividade também trabalha:

  • o respeito pelo adversário e pelos seus próprios limites,
  • conhecimento corporal e
  • autocontrole através de movimentos onde os oponentes iniciam a luta em pé e consequentemente terminam no solo.

Além do trabalho inclusivo, as aulas de Jiu-Jitsu têm ajudado famílias inteiras no tratamento da obesidade e diabetes, uma vez que já foi comprovado cientificamente os benefícios do esporte para o controle da glicemia.



Relato dos pais sobre o Jiu-jitsu no currículo escolar

Lucilene Nolasco fazia parte do grupo de pais que encarava o Jiu-Jitsu com receio, pois via como algo violento. Ela explicou que nunca imaginou o filho praticando a modalidade, mas tudo mudou quando o pequeno Marlon Nolasco foi diagnosticado com diabetes aos três anos.

Apesar de contrariada, a mãe seguiu a orientação da pediatra e o inscreveu em uma atividade esportiva no CESC, escola em que estuda.

O fato da atividade ser ministrada por um professor de Educação Física e dentro do ambiente escolar motivou a minha escolha”.

Hoje, com oito anos, ele é um dos alunos mais empenhados e que apresentou melhores resultados, além de já participar de campeonatos. O aumento na disciplina em casa, o bom humor e a redução no índice glicêmico mostraram a Luciana que ela fez a opção certa.

Fonte: Conselho Regional de Educação Física – 1ª Região RJ/ES

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