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Falta de material esportivo para atividades físicas nas escolas dificulta o trabalho

O empobrecimento das atividades físicas nas escolas do Ensino Fundamental foi constatado em pesquisa feita com 7.500 educadores físicos brasileiros

A principal causa para a falta de qualidade na oferta de atividades físicas nas escolas é a precariedade de materiais e infraestrutura esportiva. Essa constatação está baseada nas respostas de 7.500 professores de educação física e diretores de 1.500 escolas brasileiras.

Eles responderam à pesquisa intitulada “Escola, Movimento e Esporte: Cenário de Desenvolvimento Humano Integral” feita pelo Instituto Península em parceria com a consultoria Plano CDE.

Para superar as dificuldades, a pesquisa apontou que 32% dos professores levam materiais esportivos de casa, comprados com o próprio dinheiro. Já 29% dos professores desenvolvem materiais a partir de trabalhos de reciclagem com os alunos.

Com efeito, esse cenário de empobrecimento e falta de investimento nas atividades de educação física nas escolas contraria a Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB). De acordo com a LDB,

[…] a educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica”. 

Portanto, se é componente curricular obrigatório, deve ser tratada com o mesmo nível de seriedade e receber atenção nas formulações orçamentárias das Secretarias Municipais de Educação.

Desenvolvimento pleno dos estudantes

A diretora-executiva do Instituto Península, Heloísa Morel, apontou bem o principal problema revelado pela pesquisa, a saber, a precariedade na execução do desenvolvimento pleno dos estudantes.

Para Morel, está bem claro a relação entre as atividades esportivas nas escolas e a aprendizagem dos alunos.

A educação física trabalha o desenvolvimento motor, que tem impacto no desenvolvimento cognitivo. Além do desenvolvimento das competências socioemocionais, porque os valores do esporte, como determinação, trabalho em equipe ajudem neste desenvolvimento. Perceber essa correlação pra gente foi muito importante,” disse Morel.



É preciso expandir as atividades físicas nas escolas

Nesse sentido, outro problema que a pesquisa jogou luz diz respeito as modalidades esportivas oferecidas nas escolas. A maior parte das escolas (65%) oferecem apenas futebol, vôlei e handebol.

Essa centralização de modalidades deixa, por exemplo, a luta Jiu-jitsu, hoje prevista na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), distante dos estudantes. Além do mais, Projeto de Lei do Senado prevê a inclusão do jiu-jitsu como atividade curricular nas escolas públicas brasileiras.

Por outro lado, pesquisas realizadas onde o Jiu-jitsu está integrado a escola apontam a sua qualidade para trabalhar o desenvolvimento pleno dos estudantes, desde o impacto das atividades físicas nas atividades cognitivas até as competências socioemocionais e os combates a evasão escolar e ao Bullying.

Fonte: Educação G1

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