Ano: 2024

  • Por Que o Jiu-Jítsu Ainda Não é um Esporte Olímpico?

    Por Que o Jiu-Jítsu Ainda Não é um Esporte Olímpico?

    As Olimpíadas de Paris 2024 chegaram e com elas surge a dúvida: por que o jiu-jítsu não é um esporte olímpico? Hoje, vamos explorar os principais motivos que mantêm essa arte suave fora dos Jogos Olímpicos e o que pode mudar no futuro.


    1. Reconhecimento Internacional

    Para incluir um esporte nas Olimpíadas, o Comitê Olímpico Internacional (COI) exige que ele tenha uma federação internacional unificada e bem estruturada. No entanto, o jiu-jítsu não possui essa unificação, já que várias organizações disputam a liderança.

    Desafios de Governança

    • Múltiplas Federações: A existência de várias federações internacionais de jiu-jítsu, cada uma com suas próprias regras e campeonatos, dificulta a criação de um órgão único que represente o esporte globalmente.
    • Reconhecimento Oficial: Portanto, para que o COI considere o jiu-jítsu, a federação deve cumprir critérios específicos de governança, transparência e ética.
    Competição no estilo olímpico de jiu-jítsu com atletas em ação, destacando uma luta intensa no tatame.

    2. Popularidade Global

    Embora o jiu-jítsu seja bastante popular em países como Brasil e Estados Unidos, ele ainda não é praticado amplamente em todo o mundo. O COI considera a popularidade global um fator crucial para a inclusão de novos esportes.

    Expansão Internacional

    • Foco Regional: Atualmente, o jiu-jítsu tem uma base forte em regiões específicas. No entanto, ele não possui a mesma penetração global que esportes como futebol ou basquete.
    • Programas de Desenvolvimento: Além disso, iniciativas para promover o jiu-jítsu em países onde o esporte ainda é pouco conhecido são essenciais para aumentar sua popularidade global.

    3. Diversidade de Estilos

    Existem diferentes estilos de jiu-jítsu, como o jiu-jítsu brasileiro (BJJ) e o jiu-jítsu japonês tradicional. Cada um tem suas próprias regras e formatos de competição, o que complica a padronização necessária para a inclusão olímpica.

    Harmonização de Regras

    • Diferenças Significativas: As regras do BJJ, com foco em combate no solo e finalizações, diferem das regras do jiu-jítsu tradicional, que inclui técnicas de projeção e defesa pessoal.
    • Necessidade de Consenso: Assim, para que o COI considere o jiu-jítsu, seria necessário um esforço conjunto para padronizar as regras e criar um formato de competição universalmente aceito.

    4. Logística e Infraestrutura

    Incluir um novo esporte nas Olimpíadas exige considerações logísticas significativas, como infraestrutura, treinamento de árbitros e organização de competições. Esses fatores representam desafios consideráveis para o jiu-jítsu.

    Desafios Operacionais

    • Instalações Adequadas: A necessidade de instalações específicas para competições de jiu-jítsu pode ser um obstáculo, considerando os locais limitados nas Olimpíadas.
    • Treinamento de Árbitros: Além disso, árbitros e juízes qualificados precisam ser treinados e certificados de acordo com os padrões internacionais, o que requer tempo e recursos.
    Pódio das Olimpíadas de Tokyo 2020

    5. Competição Rigorosa

    O COI tem um processo rigoroso e competitivo para a adição de novos esportes. Muitos esportes disputam um lugar limitado nas Olimpíadas. Além disso, para incluir um novo esporte, outro tem que sair. O COI revisa periodicamente todos os esportes olímpicos para garantir que continuem relevantes e populares.

    Revisões Periódicas e Troca de Esportes

    • Processo de Revisão: O COI revisa periodicamente todos os esportes olímpicos para garantir que continuem relevantes e populares.
    • Critérios de Inclusão: Para incluir um novo esporte, o COI considera fatores como popularidade, relevância e a capacidade de atrair público e atletas.

    Futuro Promissor para o Jiu-Jítsu

    Sim, o jiu-jítsu tem potencial para ser incluído nas Olimpíadas futuras. No entanto, isso depende das mudanças mencionadas anteriormente e das revisões periódicas do COI. Muitos entusiastas estão trabalhando para que isso aconteça, mas os critérios do COI são rigorosos para manter a qualidade dos Jogos.

    Perspectivas e Iniciativas

    • Campanhas de Promoção: Campanhas globais de promoção do jiu-jítsu podem aumentar sua visibilidade e apelo mundial.
    • Unificação das Federações: Além disso, esforços para unificar as diversas federações de jiu-jítsu sob um único órgão regulador podem facilitar o reconhecimento pelo COI.

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  • Programa Lute com Inteligência inaugura atividades em EMEF

    Programa Lute com Inteligência inaugura atividades em EMEF

    Na tarde de terça-feira, 06 de fevereiro de 2024, o Programa Lute com Inteligência, em parceria com a dirigente municipal de Educação da cidade de Palmital, Márcia Helena Descrove Franco, inaugurou uma nova atividade no contraturno escolar da EMEF Maria Eulália Vieira Scalla. Mais uma vez dando vida às ideias do BJJ Educacional.

    A partir dessa data, os pequenos pertencentes ao período integral do 2º e 3º ano começaram a ter aulas adicionais de Jiu-Jitsu, desenvolvidas pelo sensei Beto Nunes e pelo educador Beto Cavallari.

    Assim, durante dias específicos da semana, os alunos têm aulas com o sensei Pablo Santos, faixa-preta de Jiu-Jitsu, e seu auxiliar. O objetivo é promover não apenas o domínio da arte marcial, mas também valores sólidos para as crianças entre 7 e 9 anos, que têm a oportunidade única de mergulhar nessa experiência.

    As atividades do Programa Lute com Inteligência contam com o apoio de material didático lúdico, que explora a história, a organização e os valores da arte suave.

    O diretor, Alexandre Roberto Cândido, expressou suas expectativas para o projeto, esperando que: “As crianças aprendam, tenham novas perspectivas do mundo e vivenciem novas experiências”.

    Ele também ressaltou o potencial transformador das crianças diante da implementação dessa nova atividade, afirmando: “Com toda a certeza, vai surtir resultados significativos. Além de ser uma atividade física, traz disciplina e conhecimentos ligados a várias áreas, como geografia, história, conhecimento de mundo, cultural etc”.

    Em uma nota descontraída, o diretor foi questionado se faria Jiu-Jitsu, e a resposta não poderia ser mais positiva: “Com certeza!”

  • Fight & Smart Oferece Aulas de Defesa Pessoal em Palmital

    Fight & Smart Oferece Aulas de Defesa Pessoal em Palmital

    Fight & Smart ofereceu no ultimo semestre de 2023 um curso introdutório de Defesa Pessoal em Palmital, interior de São Paulo. Fique por dentro do que aconteceu e descubra como essa iniciativa impactou positivamente a comunidade, lendo os próximos parágrafos deste post.

    Em um momento em que o ambiente escolar se torna progressivamente mais complexo e, por vezes, até mesmo perigoso, a preparação dos educadores para diversas situações, simples ou de risco, é importante. É nesse contexto que, em colaboração com a Secretaria da Educação de Palmital, o Programa Fight & Smart organizou um curso introdutório de defesa pessoal voltado para professores e funcionários da rede municipal de educação.

    O curso, realizado entre 19/08/2023 e 11/11/2023 e ministrado pelo Coach e Sensei de Jiu-jítsu, Beto Nunes, atraiu a participação de mais de 40 pessoas. As aulas, com duração de uma hora e aplicadas em um espaço cedido pela cidade, foram cuidadosamente planejadas, concentrando-se em técnicas sólidas fundamentadas nos princípios do jiu-jítsu.

    A principal meta da iniciativa era capacitar os participantes para lidar eficazmente com situações de conflito, ao mesmo tempo em que fortalecia os protocolos de segurança escolar.

    Todos os participantes ficaram entusiasmados com a iniciativa e expressaram o desejo de buscar mais oportunidades de formação em relação à defesa pessoal.

    Agora, confira uma breve entrevista com uma das alunas participantes das aulas de Defesa Pessoal em Palmital:

    Valquíria, Auxiliar de Desenvolvimento Infantil na EMEI Ana Beatriz Ortega Monteiro em Palmital.

    O que você achou das aulas?

    “As aulas foram de extrema importância. Para mim, foi um aproveitamento de 100%. Eu não tinha ideia do que era o jiu-jítsu ou defesa pessoal, só ouvia falar. Aqui, vivenciei algo totalmente novo… eu poderia ter começado mais cedo.”

    Em sua opinião, por que é importante ensinar e aprender defesa pessoal?

    “Ensinar e aprender defesa pessoal é essencial para levar para a vida. Primeiramente, para alcançar equilíbrio pessoal, para moldar nosso pensamento e modo de agir. Além disso, iniciar esse aprendizado desde a infância seria ainda mais benéfico, pois iniciar na fase adulta pode ser mais difícil.”

    Qual foi a melhor parte dessa experiência?

    “A melhor parte… Ainda não houve uma melhor parte definida, pois acredito que a melhor parte está por vir: poder continuar praticando e exercitando. Para mim a melhor parte foi desenvolver essa vontade de seguir em frente.”

  • Programa Fight & Smart publica artigo sobre Jiu-jitsu Educacional

    Programa Fight & Smart publica artigo sobre Jiu-jitsu Educacional

    Em um contexto onde o desenvolvimento integral dos alunos é prioridade, nos dedicamos, por meio do Programa Fight & Smart, a criar abordagens inovadoras que buscam melhorar as convenções tradicionais da educação. É essa perspectiva que apresentamos e analisamos em nosso artigo recentemente publicado na REGAE (Revista de Gestão e Avaliação Educacional) .

    Capa do 12° Volume da  REGAE (Revista de Gestão e Avaliação Educacional)

    No dia 5 de janeiro de 2023, sob a tutela da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, o 12º volume da REGAE foi disponibilizado em seu site oficial. Assim como as edições anteriores, esta publicação abrangeu uma variedade de artigos que discutem temas como administração escolar, gestão educacional, políticas educacionais, avaliação educacional e institucional. E é dentro dessa diversidade de tópicos, que destaca-se a abordagem do Jiu-Jitsu Educacional (JJE) pela perspectiva do Programa Fight & Smart.

    Apresentação do Artigo

    Nesta edição, nossa equipe de co-criadores, colaboradores e parceiros, composta por Roberto Cavallari Filho, Norberto de Carvalho Nunes, Osmar Moraes Neto e Victória Lemos, apresentou o artigo intitulado “O Jiu-jitsu como ferramenta pedagógica e organizacional auxiliar ao desenvolvimento pleno da vida”.

    Com um total de 24 páginas, o artigo explora os fundamentos teóricos e práticos do Jiu-Jitsu Educacional (JJE), enfatizando sua importância e relevância no contexto escolar, enquanto analisa o caso específico do Projeto Lute com Inteligência: Jiu-jitsu para a Vida.

    Nele, os autores iniciam fazendo um levantamento bibliográfico a fim de destacar importantes pesquisas acerca dos benefícios da prática da luta no ambiente escolar. Posteriormente, com base na hermenêutica, relacionam o termo Jiu-jitsu educacional com a prática e o estudo da luta inserida em uma proposta didático pedagógica alinhada às orientações contidas na BNCC, com relação ao desenvolvimento pleno da vida.

    Em seguida, apresentam e estudam duas pesquisas de campo para analisar a inovação nos processos de ensino e aprendizagem possibilitadas pelo JJE na escola municipal do Rio de Janeiro. A primeira é uma análise diagnóstica, por meio das ferramentas da observação, da roda de conversa e de questionário estruturado. A segunda é uma análise de testemunhos acerca do impacto na cultura organizacional escolar.

    Os resultados apontam para as contribuições do JJE à cultura organizacional escolar, à comunidade familiar e ao desenvolvimento pleno dos alunos na escola.

    Assim, dividido em 14 partes, incluindo Introdução; Metodologia de Pesquisa; BNCC no contexto do jiu-jítsu; Dimensões do conhecimento; Competências; Áreas, Componentes curriculares, unidades temáticas e habilidades; entre outros, o artigo apresenta e defende uma nova maneira de ensinar e agregar conhecimento as crianças e adolescentes, não apenas transformando o ambiente escolar, mas tudo o que o envolve.

    “Estamos seguros de que o trabalho com o Jiu-jitsu educacional impacta positivamente a cultura organizacional escolar, auxiliando na formação de um ambiente de aprendizado, de colaboração, de respeito, de diversidade, de sociabilidade e de cidadania, transformando o comportamento dos alunos e contribuindo com a escola para o desenvolvimento pleno da vida dos alunos.”