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  • Parceiro do Fight & Smart aborda a transformação das crianças através do jiu-jitsu educacional

    Parceiro do Fight & Smart aborda a transformação das crianças através do jiu-jitsu educacional

    O educador físico, Osmar de Moraes “Mazinho”, parceiro do Programa Fight & Smart, abordou o tema da transformação de crianças e adolescentes que estão praticando a luta jiu-jitsu através do projeto “Lute com Inteligência”. O projeto ocorre desde março na escola municipal “Frederico Eyer”, na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

    O artigo foi escrito para o jornal do Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro, “Cref 1 em Forma”. E traz em destaque a implantação do projeto com base nos materiais didáticos e paradidáticos do Fight & Smart.

    Confira o artigo na íntegra

    O aluno que pratica arte marcial passa por uma transformação, pois aprende que se deve ‘ceder para vencer’, ‘ser perseverante’, dentre outros preceitos que são aplicados na luta e na vida”, afirma o professor Osmar de Moraes.

    Ao propormos a aprendizagem das artes marciais e sua aplicação na escola, entendemos que esta pode contribuir com o processo de ensino-aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento pleno dos alunos. Isso significa que as atividades nas modalidades de artes marciais propostas para o ensino fundamental sugerem um trabalho lúdico, com adequação dos princípios da luta e das necessidades das crianças para um desenvolvimento equilibrado.

    A ludicidade é de fundamental importância para a formação da criança. As artes marciais como componente do conteúdo da Educação Física escolar tem grande poder socializador, além do mais, através delas podemos abordar valores éticos e morais. Desta forma podemos trabalhar conceitos atitudinais, como o companheirismo, o espírito de luta, o saber ganhar e perder, o respeito pelas normas e regras estabelecidas e o respeito ao próximo.

    A base filosófica da luta jiu-jitsu torna-se evidente no trato educacional da formação moral dos praticantes, pois deve ser estabelecido um paralelo sobre o que
    se ensina na prática e a vida cotidiana. O aluno que pratica arte marcial passa por uma transformação, pois aprende que se deve “ceder para vencer”, “ser perseverante”, dentre outros preceitos que são aplicados na luta e na vida.

    A proposta do ensino-aprendizagem das artes marciais se pauta num desenvolvimento globalizado que abrange aspectos físicos, intelectuais e morais e não apenas técnico, com intuito de transformar os alunos, não em grandes campeões, mas em verdadeiros cidadãos conscientes. Isso é verdade para o Jiu Jitsu, modalidade ao qual sou praticamente há 39 anos.

    Neste ano de 2022, iniciamos o Projeto “Lute com Inteligência”, Jiu Jitsu para a Vida, na Escola Municipal Frederico Eyer, situada na Cidade de Deus, comunidade do Rio de Janeiro famosa pelo filme que leva seu nome, na qual sou professor de Educação Física concursado. O projeto tem como finalidade utilizar o jiu jitsu como ferramenta de apoio educacional e pedagógico, visando a melhoria do rendimento escolar de seus alunos. O trabalho com o Jiu Jitsu é feito nas turmas de 2° ao 5° ano do ensino fundamental e o diferencial deste projeto é a utilização de livros paradidáticos de jiu jitsu elaborados atendendo todas as normas da BNCC.

    Por ser uma modalidade de luta, o jiu-jitsu está inserido nos parâmetros curriculares nacionais. Vale ressaltar que o projeto com o jiu jitsu faz parte do currículo da Educação Física escolar, e as turmas atendidas também continuam tendo as aulas de Educação Física regulares, em que são trabalhados todos os conceitos da disciplina.

    Assim, acredito que a profissão de Educação Física, particularmente nas escolas públicas e privadas, com todas as suas competências, capacidades e serviços prestados à sociedade, tem muito a ganhar com os valores, princípios e benefícios cognitivos, afetivos e psicomotores do estudo e da prática do jiu jitsu nas escolas.

  • Professor Beto Nunes participará do evento Sinergia Brazil 2020

    Professor Beto Nunes participará do evento Sinergia Brazil 2020

    Programação do evento Sinergia Brazil 2020 traz curso sobre os benefícios do método lúdico no ensino de Jiu-jitsu

    Entre os dias 23 e 29 de novembro, o professor Beto Nunes, Faixa-preta 4º Grau de Jiu-jitsu brasileiro, participará do Sinergia Brazil 2020 – Congresso Internacional Interdisciplinar de Saúde, Desporto e Pedagogia do Movimento. Um dos cursos mais aguardados é o “Benefícios do método lúdico no ensino de Jiu-jitsu: diferenças entre o ambiente escolar e o não-escolar (clubes esportivos)”.

    O curso será oferecido pelo professor Jiddu Bastos Lemos. Ele é professor de educação física e Faixa-preta de Jiu-jitsu brasileiro. Jiddu também é mestre e, atualmente, doutorando em Ciências dos Desportos, com especialização em desenvolvimento infantil.

    Em sua conta na rede social Instagram, Beto Nunes, atualmente cursando a licenciatura em Educação Física, confirmou o compromisso do Programa Pedagógico Fight & Smart de Jiu-jitsu para crianças no acompanhamento das inovações e novidades no ensino de Jiu-jitsu bem como a contínua troca de experiências com profissionais da área.

    “A minha inscrição [no Sinergia Brazil 2020] já está garantida. Programa Pedagógico Fight & Smart sempre acompanhando a evolução do esporte”, disse o cofundador do Programa.

    Recordistas mundias

    Os professores Beto Nunes e Jiddu Bastos Lemos se conheceram durante a maior aula de artes marciais já ministrada no mundo. A aula de Jiu-jitsu aconteceu em Abu Dhabi em 25 de novembro de 2015, coincidindo com o Dia Nacional do Esporte e marcando o 44º Dia Nacional dos Emirados Árabes Unidos.

    O evento foi organizado pela UAE Jiu-Jitsu Federation (UAEJJF) e pelo Abu Dhabi Education Council (ADEC), e em parceria com a Palms Sports. Consequentemente, o evento contou com a presença do comitê do Guinness World Records, que comprovou a participação de 3.500 alunos das escolas de Abu Dhabi na aula de de Jiu-jitsu.

    Sinergia Brazil 2020

    Em sua terceira edição, o Congresso Internacional Interdisciplinar de Saúde, Desporto e Pedagogia do Movimento (Sinergia Brazil III) tem o objetivo de:

    • promover o intercâmbio entre pesquisadores nacionais e internacionais
    • fomentar a divulgação da produção científica na educação física, em três pilares de estudos: saúde, desporto e pedagogia do movimento e discutir as suas interfaces
    • congregar profissionais do movimento humano para integrar as ações de ensino, pesquisa e extensão acadêmica, desenvolvidas nos diferentes centros nacionais e internacionais do conhecimento científico
    • atualizar o conhecimento nestas áreas e possibilitar que alunos de graduação, pós-graduação, professores, treinadores, educadores e profissionais em geral, se capacitem para sua atuação com os melhores professores do Brasil e do mundo.

    Primeiramente marcada para ocorrer em João Pessoa, Paraíba, o evento acontecerá mesmo com o momento atual, que exige o distanciamento entre pessoas como prevenção a pandemia do COVID-19. Por isso a coordenação geral do Sinergia Brazil 2020 está se adaptando às circunstâncias momentâneas e adotará o serviço de comunicação por vídeo, em plataforma on-line, para a realização do evento.

  • Amparados na Lei, instrutores de lutas podem atuar nas escolas em suas atividades específicas

    Amparados na Lei, instrutores de lutas podem atuar nas escolas em suas atividades específicas

    Conselhos Regionais de Educação Física não possuem autoridade para fiscalizar atuação de instrutores de lutas nas escolas públicas, particulares e nas academias de luta

    A questão envolvendo a atuação profissional de instrutores de lutas dentro das escolas particulares, públicas e academias de luta já está devidamente pacificada. Em resumo, os profissionais que atuam como instrutores de lutas para crianças e adolescentes estão legalmente autorizados a exercer suas profissões. Isto é válido mesmo e principalmente para aqueles profissionais sem a graduação em Educação Física e o registro profissional junto aos CREFs (Conselhos Regionais de Educação Física).

    Houve um período de litígios no início dos anos 2000. Começou quando os CREFs passaram a fiscalizar e autuar diversos estabelecimentos e instrutores de artes marciais. Eles impuseram que parassem de exercer suas atividades nas escolas e academias.

    A polêmica surgiu por causa da Lei 9.696/98. Esta Lei criou e regulamentou a profissão de educador físico bem como o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e os regionais ((CREFs). Entretanto, essa Lei afirmou, de maneira solta, aquelas que seriam as competências exclusivas dos profissionais de educação física. Por conseguinte, coube apenas ao CONFEF especificar mais claramente tais competências, através do Art. 1º da Resolução CONFEF 46/2002, que explicita o seguinte:

    Art. 1º – O Profissional de Educação Física é especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações – ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, […] ioga, […]

    Ensino e aprendizagem a favor dos instrutores de lutas

    Consequentemente, discordando do cerceamento de atuação profissional baseado em Resolução de Conselho, houve uma reação por parte de diversas entidades e instrutores de lutas. Eles almejavam continuar com suas aulas e treinos, ainda que não obtivessem a graduação em Educação Física e o registro junto ao Conselho. Isso culminou nos diversos litígios contra os Conselhos Regionais e o CONFEF até 2007. Os instrutores alegaram que a regulamentação e o cerceamento de atividade profissional só poderia ser feito por meio de Lei, o que não foi o caso.

    Assim, a pacificação da questão ocorreu favoravelmente aos instrutores de lutas, através de importante decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Mais especificamente, trata-se do julgamento do Recurso Especial 1012692/RS (2007), que encerrou a questão ao decidir que:

    Quanto aos artigos 1º e 3º da Lei n. 9.696/1998, não se verificam as alegadas violações, porquanto não há neles comando normativo que obrigue a inscrição dos professores e mestres de danças, ioga e artes marciais (karatê, judô, tae-kwon-do, kickboxing, jiu-jitsu capoeira etc.) nos Conselhos de Educação Física, porquanto, à luz do que dispõe o art. 3º da Lei n. 9.696/1998, essas atividades não são caracterizadas como próprias dos profissionais de educação física.

    Com esse decisão, a atuação profissional de instrutores de lutas dentro das escolas particulares, públicas e academias passou a estar totalmente legalizada. Por outro lado, a partir desta decisão, a atuação do CREFs sobre esses profissionais passou a ficar limitada. Pois os Conselhos Regionais ficaram impedidos de fiscalizar os instrutores de lutas, sob o risco de cometer abuso de autoridade, conforme previsto no Art. 6º da Lei 4.898/65.

    Importância e fiscalização dos Conselhos

    Ainda que não tenham autoridade para fiscalizar os instrutores de luta, o CONFEF e os CREAs possuem um papel fundamental para a qualidade das atividades esportivas exercidas nas escolas. Eles são os defensores do estudo e da graduação para aqueles que desejam uma carreira no ensino dos esportes.

    A Graduação possibilita aos profissionais da área, conforme relatou o educador físico e professor de Jiu-jitsu Faixa-Preta, Mateus Machado, para a Revista Tatame:

    […] ter um olhar mais crítico sobre o objetivo das aulas, sobre progressão pedagógica, planejamento e fases do treino, limites do corpo e idade de desenvolvimento (fundamental para quem trabalha com crianças).

  • Araguaína sanciona lei autorizando o ensino de Jiu-jitsu nas escolas da Educação Básica

    Araguaína sanciona lei autorizando o ensino de Jiu-jitsu nas escolas da Educação Básica

    Lei municipal reconhece o caráter formativo e educativo do Jiu-jitsu Brasileiro como uma atividade que contribui com o desenvolvimento dos alunos das escolas públicas

    A Prefeitura de Araguaína é mais uma a sair na frente na promoção do Jiu-jitsu Brasileiro. O município autorizou a implementação das atividades de luta Jiu-jitsu Brasileiro nas escolas públicas da Educação Básica (1º-9º ano) em 2020.

    A conquista, antecipando o Projeto de Lei do Senado enviado a Câmara dos Deputados, aconteceu através do Projeto de Lei (PL) 3.121 de 2019. O PL foi proposto pelo vereador Divino Bethânia Junior e sancionado pelo prefeito Ronaldo Dimas (Podemos) em 3 de janeiro deste ano. Com isso, a nova Lei reconhece o caráter educacional e formativo do Jiu-jitsu Brasileiro como uma atividade que contribui com o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

    Assim, o próximo passo é integrar a Lei nos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das escolas públicas. Essa fase envolve reuniões com o corpo gestor escolar e pais e responsáveis. Certamente isso acontecerá prevendo o início das atividades para o ano escolar de 2020. O esforço político visa o enriquecimento das atividades de Educação Física e do contraturno escolar (atividades complementares e Educação Integral).

    Araguaína no Tocantins e o Jiu-jitsu brasileiro

    Conhecida como a “Capital do Boi Gordo” e a “Capital Econômica do Tocantins”, o município de Araguaína é a segunda maior cidade do estado do Tocantins com cerca de 180 mil habitantes, atrás apenas da capital Palmas.

    Entretanto, a região, que inclui outro importante município, Imperatriz/MA, também tem se destacado pelo apreço e investimentos nas atividades de luta Jiu-jitsu Brasileiro. Podendo, por conseguinte, também ser chamada de “Capital do Jiu-jitsu”.

    Fonte: AF Notícias

  • Senado altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e inclui o Jiu-jitsu como atividade curricular

    Senado altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e inclui o Jiu-jitsu como atividade curricular

    Conquista do Jiu-jitsu como atividade curricular chegou com Projeto de Lei 4.478 de 2019, que contou com participação de notórias personalidades da prática do Jiu-jitsu no Brasil em debate durante Audiência pública no Senado

    O Senado Federal deu mais um passo decisivo para a regulamentação da prática do Jiu-jitsu nas escolas brasileiras. O Projeto de Lei (PL 4.478/2019) do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), que inclui a prática do Jiu-jítsu nos currículos do ensino fundamental, já está, desde ontem (05/02) em Ementa para alterar a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

    A Lei nº 9.394 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e é uma das mais importantes legislações para a definição e organização do sistema educacional brasileiro, traduzindo os anseios da Constituição Federal de 1988 para a educação. É justamente esse texto que, com a Ementa desta quarta-feira, passa a incluir a prática do Jiu-jitsu como componente opcional nos currículos do ensino fundamental.

    Audiência pública no Senado

    Proposta no Senado em agosto de 2019, o PL 4.478 teve a devida atenção e oportunidade para o debate com a realização de uma Audiência pública no início de novembro do mesmo ano. Na ocasião, o Senado convidou notórias personalidades da prática do Jiu-jitsu, entre elas:

    • Álvaro Cláudio de Mello Barreto, Presidente do Conselho de Mestres da Confederação Brasileira de Jiu-jitsu Desportivo, faixa vermelha, nono grau
    • João Alberto Barreto, Presidente Emérito da Confederação Brasileira de Jiu-jitsu Desportivo, faixa vermelha, nono grau
    • José Henrique Leão Teixeira Filho, Diretor da Escola Leão Teixeira, Escola de Jiu-jítsu, faixa coral, sétimo grau
    • Fabio Gabriel Freitas, Professor líder da Escola Barreto de Jiu-jitsu, faixa preta, terceiro grau
    • Osvaldo Alves de Albuquerque, diretor de graus da IBJJF (Federação Internacional de Jiu-Jitsu), presidente da FJJAM (Federação de JiuJitsu do Amazonas) e Presidente do Instituto Mundial Osvaldo Alves de Brazilian Jiu-Jitsu, faixa vermelha, nono grau
    • Kyra Gracie, Professora Líder da Graice Kore jiu-jítsu – Defesa Pessoal, faixa preta, terceiro grau
    • Gustavo Mendonça Nunes de Oliveira, Médico Ortopedista, Presidente da Clínica do Treino, especialista em medicina esportiva.
    • Anne Evans Pereira da Silva – Professora da EJA e praticante de jiujitsu
    • Luana Fiquene – Faixa Preta de jiu-jitsu, tricampeã Mundial, hexacampeã brasileira, bicampeã panamericana, tetracampeã sul americana
    • Xande Ribeiro – Fundador da Ribeiro Jiu-jitsu e da Universidade do Jiu-jitsu, Faixa Preta, eneacampeão mundial.

    Após os debates, o PL 4.478 foi votado e aprovado em 17 de dezembro de 2019, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte, por unanimidade. No Parecer da Comissão (SF) nº 120, os senadores apontaram que,

    Por meio do Jiu-jitsu, a criança pode aprender a dominar o próprio corpo, utilizando-o de modo eficaz e estruturado, além de desenvolver atitudes relacionadas à disciplina, ao autoconhecimento e ao respeito ao próximo (seja ele aliado ou oponente). Durante as aulas na modalidade, é possível também desenvolver competências ligadas ao trabalho em equipe, à consciência acerca do esforço necessário para atingir objetivos, bem como conhecer e praticar hábitos de vida saudáveis

    Agora a Ementa para alterar a Lei nº 9.394 pode seguir para a análise da Câmara dos Deputados.



    Veja a íntegra da Ementa que inclui o Jiu-jitsu como atividade curricular

    SENADO FEDERAL

    TEXTO FINAL REVISADO pela Coordenação de Redação Legislativa, nos termos do Regulamento Administrativo do Senado Federal

    PROJETO DE LEI Nº 4.478, DE 2019
    Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para incluir a prática do jiu-jítsu como componente opcional nos currículos do ensino fundamental.

    O CONGRESSO NACIONAL decreta:

    Art. 1º O art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º-A:

    “Art. 26. ………………………………………………………….
    …………………………………………………………………….
    § 3º-A. O jiu-jítsu será componente curricular opcional para os alunos em todas as séries do ensino fundamental.
    ……………………………………………………………………..” (NR)

    Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 1º de janeiro do segundo ano subsequente a essa data.

  • Magé/RJ mostra que o Jiu-jitsu no currículo escolar ajuda alunos com autismo e obesidade

    Magé/RJ mostra que o Jiu-jitsu no currículo escolar ajuda alunos com autismo e obesidade

    Em princípio contrários, pais de alunos com autismo e obesidade vêm no Jiu-jitsu no currículo escolar uma ferramenta para a qualidade de vida dos filhos

    De forma inovadora e quebrando os estigmas vinculados ao Jiu-Jitsu, uma pequena escola ra região de Fragoso, na cidade de Magé/RJ, incluiu a modalidade na grade curricular. As aulas são ministradas para mais de 150 alunos, de 3 a 9 anos, do Centro Educacional Soares Coimbra. O responsável é o professor de Educação Física e faixa preta em Jiu-Jitsu, Luciano Moreira. A atividade já apresentou grandes resultados, como a melhora dos alunos na escola, em casa e na própria saúde.

    Pensada para ser uma classe inclusiva, Luciano ministra aulas para crianças com grau de autismo, em que trabalha a interação e as capacidades desses alunos diante dos desafios que parecem impossíveis de superar. Em alguns estudos observou-se que o contato físico é uma das principais formas de se obter uma comunicação com o autista.

    Neste âmbito e com base nos depoimentos dos familiares e professores do CESC, a modalidade se mostrou eficaz, porque promove forte contato físico que pode facilitar o diálogo corporal, além de otimizar o desenvolvimento psicomotor. Durante a luta, a criança é capaz de desenvolver a coordenação espaço-temporal, esquema corporal e ritmo (respiração), além de melhorar algumas valências físicas: agilidade, força, resistência.

    Para além do contato físico, a atividade também trabalha:

    • o respeito pelo adversário e pelos seus próprios limites,
    • conhecimento corporal e
    • autocontrole através de movimentos onde os oponentes iniciam a luta em pé e consequentemente terminam no solo.

    Além do trabalho inclusivo, as aulas de Jiu-Jitsu têm ajudado famílias inteiras no tratamento da obesidade e diabetes, uma vez que já foi comprovado cientificamente os benefícios do esporte para o controle da glicemia.



    Relato dos pais sobre o Jiu-jitsu no currículo escolar

    Lucilene Nolasco fazia parte do grupo de pais que encarava o Jiu-Jitsu com receio, pois via como algo violento. Ela explicou que nunca imaginou o filho praticando a modalidade, mas tudo mudou quando o pequeno Marlon Nolasco foi diagnosticado com diabetes aos três anos.

    Apesar de contrariada, a mãe seguiu a orientação da pediatra e o inscreveu em uma atividade esportiva no CESC, escola em que estuda.

    O fato da atividade ser ministrada por um professor de Educação Física e dentro do ambiente escolar motivou a minha escolha”.

    Hoje, com oito anos, ele é um dos alunos mais empenhados e que apresentou melhores resultados, além de já participar de campeonatos. O aumento na disciplina em casa, o bom humor e a redução no índice glicêmico mostraram a Luciana que ela fez a opção certa.

    Fonte: Conselho Regional de Educação Física – 1ª Região RJ/ES

  • Professor Beto Nunes fala sobre a sua história com o ensino de Jiu-jitsu para crianças

    Professor Beto Nunes fala sobre a sua história com o ensino de Jiu-jitsu para crianças

    Nessa entrevista, o advogado e professor Faixa-preta 4º Grau, professor Beto Nunes, conta sobre a sua vida dedicada ao Jiu-jitsu Brasileiro (Brazilian Jiu-Jitsu – BJJ). Beto Nunes é formado com o mestre Ricardo De La Riva e já possui mais de 25 anos de experiência na aprendizagem e no ensino da Arte Suave do BJJ.

    Em sua jornada, o Faixa-preta co-autor do Programa Didático Fight & Smart de Jiu-jitsu Brasileiro na Escola lecionou aulas e seminários mundo afora, aprimorando os fundamentos e as técnicas dos seus alunos e defendendo os valores e comportamentos da arte suave. Entre essas, destaca-se as práticas corporais e salutares, controle e equilíbrio emocional, construção de caráter e espírito de cidadania, respeito, disciplina e auto-confiança.

    Entre os seus alunos estão os soldados do Exército dos Emirados Árabes e as crianças das Escolas Públicas Militares em Dubai e Abu Dhabi bem como oficiais norte-americanos do Army, Air Force, Navy, Rangers e SWAT Team.

    Beto Nunes também possui uma ampla experiência como árbitro internacional da IBJJF (International Brazilian Jiu-Jitsu Federation) e da UAEJJF (United Arab Emirates Jiu-jitsu Federation), contribuindo com o progresso de crianças e adolescentes em competições por diversos países.

    Preparando-se para uma Pós-graduação dupla em “Atividade Física e Saúde: Treinamento e prescrição para grupos especiais” e em “Fisiologia do Exercício”, o professor Beto Nunes falou com a gente e contou um pouco mais sobre a sua história ensinando o Jiu-jitsu Brasileiro para crianças e como pretende compartilhar essa experiência com as crianças brasileiras.

    Fight & Smart: Qual foi o seu primeiro contato com o BJJ? Conte como foi, quando, onde etc?

    Beto Nunes: Começou com o UFC de 1994 (Ultimate Fight Championships), quando o brasileiro Royce Gracie, com o biotipo de jogador de vôlei, surpreendeu o mundo das lutas ao vencer o campeonato utilizando a arte marcial BJJ. Logo após o UFC o meu interesse em aprender o Jiu-jitsu Brasileiro foi muito grande.

    Por coincidência do destino, naquele mesmo ano, encontrei um grande amigo de infância que estava morando no Rio de Janeiro, porém veio de férias para Vera Cruz/SP, o judoca Alexandre Matsuzava. Alexandre me convidou para treinar essa nova arte marcial, que ele próprio ainda estava aprendendo. Ele explicou que o Jiu-jitsu Brasileiro era uma luta sem socos e pontapés. Ao invés disso, era baseada na Defesa Pessoal e no combate corporal, procurando sempre derrubar e imobilizar, ou finalizar, o seu oponente. Nossos treinos ocorreram na sala das aulas de danças da Academia Salutar, do professor de Karate Hélio Oshiiwa, com piso de madeira, duro que só (risos!).

    Dessa experiência surgiu a iniciativa de montar uma das primeiras academias de Jiu-jitsu Brasileiro do Oeste Paulista. Assim fizemos a Academia Behring Salutar, na pacata Vera Cruz, liderada pelo Grande Mestre Flávio Behring, destacado na arte suave por estar entre os 10 Faixas-Pretas formados pelo Grandíssimo Mestre Hélio Gracie. Viajávamos para São Paulo para aprender posições do Jiu-jitsu Brasileiro, para ensinar na Academia em Vera Cruz!

    Isso não teria sido possível sem a ajuda e empenho dos amigos da equipe, não apenas de Vera Cruz, como Marília e Garça, entre eles, cito os meus irmãos Ricardo e Fabiano (Nani) Nunes, os irmãos Juca e Zeca Pereira Leite, o inovador Uri Flato e o professor Rodrigo Poderoso entre outros, todos parte dessa história do Jiu-jitsu Brasileiro na nossa região.

    Fight & Smart: Quando você decidiu se dedicar inteiramente a prática e ao ensino de BJJ? Quais foram os motivos que o levaram a essa decisão?

    Beto Nunes: No início, em meados da década de 1990, eu cursava a faculdade de Direito e o meu foco era passar em um concurso público para Delegado Federal. Eu ainda não vislumbrava essa relação com a luta como uma carreira profissional. Entretanto, o Jiu-jitsu Brasileiro ja fazia parte do meu dia a dia, já estava “no sangue e na alma”. Eu adorava participar das aulas de Jiu-jitsu na Academia, era um aprendiz ao mesmo tempo em que já me arriscava no papel de instrutor. Como se fala no Tatame, eu ajudava a “puxar o treino”!

    No final da década de 1990, alguns membros da equipe resolveram participar com mais frequência de competições. Foi nessa ocasião que passei a fazer parte da melhor equipe de Jiu-jitsu Brasileiro da época, a Carlson Gracie, do lendário Mestre Carlson, o lutador e professor da segunda geração dos Gracie que revolucionou o Jiu-jitsu de luta. Então, recebemos os professores da equipe Carlson Gracie, os Faixas-Pretas Antônio (Malone) Gadelha e Marcos (Robô), para conduzirem as aulas da equipe em Vera Cruz. Na época, com a Faixa Marrom, eu me tornei formalmente um dos instrutores (auxiliares) da equipe.

    Diploma de Faixa-Preta 4º Grau, concedido pelo Mestre Ricardo De La Riva e certificado pela Academia certificada junto a IBJJF na Flórida.

    Entram os anos 2000… Formei-me em Direito, passei no exame da OAB, advoguei, tornei-me Faixa Preta de Jiu-jitsu Brasileiro com o Professor Faixa Preta 6° Grau, Luiz Carlos Manimal, um dos ícones da nossa arte e aluno do eterno Mestre Carlson Gracie.

    Até que no final de 2004 eu resolvi passar uma temporada nos EUA para repensar a vida e a minha profissão. Foi na América, como um acaso divino, que tive o chamado de tornar-me um professor profissional da arte suave do Jiu-jitsu Brasileiro.

    Fight & Smart: Conte sobre a sua experiência com o ensino de BJJ nos EUA, desde o trabalho nas academias, o treinamento de oficiais de segurança, como Navy, Swat etc., até o ponto de ter a sua própria academia de BJJ na Flórida. 

    Beto Nunes: Em Orlando, na Flórida, fui morar com outro atleta Faixa-preta, que tinha acabado de chegar no Brasil e se tornaria um dos meus grandes amigos, o Edgard Dutra, de Brasília. Ele havia se formado com o Grande Campeão Cássio Werneck, Morávamos em uma Townhouse, onde os quartos ficavam na parte de cima e, em baixo, ficava a cozinha com uma garagem bem grande na frente. Decidimos usar a garagem para treinar Jiu-jitsu. Começamos com treinos às segundas, quartas e sextas-feiras, chamando os nossos amigos do meio da luta e novos amigos que iniciaram seus primeiros passos na nossa garagem.

    Em uma viagem de final de semana para a praia, passamos em frente a uma academia de Karatê, na cidade de Melbourne, Flórida, e decidimos entrar para perguntar se havia interesse em oferecer aulas de BJJ. No mesmo dia saímos de lá com um lugar para darmos aula. Em menos de 3 meses já tínhamos mais de 50 alunos no Tatame. Não demorou muito para consolidarmos nossos nomes na região, entrarmos com a papelada para mudar os nossos Vistos, e passar a treinar as equipes da Palm Bay Police Department e da Melbourne Police Department. Também passamos a frequentar a Aeronáutica Americana (Air Force – Special Operation Command and 308th Rescue Squadron) que ficava na cidade de Melbourne. Posteriormente, combinei com o Edgard, e ele ficou tempo integral em Melbourne, onde está até hoje com as aulas de Jiu-jitsu Brasileiro.

    Eu fui convidado para dar aula em uma Academia na cidade de Lakeland, com, na época, o Faixa-Marrom Daniel Viveiro e o Faixa-Roxa Rafael Santos, hoje Faixa-Preta e proprietário da Carlson Gracie Team Lakeland. Em Lakeland que decidi extrapolar as atividades como professor de Jiu-jitsu Brasileiro, primeiro participando de lutas de MMA (Mixed Martial Arts), conquistando vitórias e títulos, e posteriormente abrindo a minha própria academia, a De La Riva Lakeland.

    Essa decisão foi um divisor de águas na minha trajetória com o ensino de Jiu-jitsu, pois consegui um contrato para treinar a SWAT e os estudantes das escolas públicas de Ensino Médio da cidade. Essa experiência despertou em mim um sentimento profundo de ensinar a arte suave do Jiu-jitsu Brasileiro para crianças e adolescentes, fazendo de mim um professor ainda mais atencioso, organizado e determinado, passando a pensar com mais afinco em metodologia de ensino, plano de aulas e avaliação.

    Com a boa reputação, com base em uma ética de trabalho, fui convidado para atuar como árbitro nos campeonatos de Jiu-jitsu na Florida e, posteriormente, em dezenas de outros estados americanos (36 Estados ao todo), incluindo o Hawaii. Fui árbitro em vários Campeonatos da IBJJF (International Brazilian Jiu Jitsu Federation), NAGA (North American Grappling Association), Grapplers Quest, De La Riva Cup, Copa America, NewBreed, entre outros, totalizando 8 anos arbitrando. A minha especialidade era arbitrar lutas de crianças. Nessa fase, ganhei amigos-irmãos no meio do Jiu-jitsu, como o professor Rinaldo Santos, Faixa-Preta 5º Grau do saudoso Mestre Carlson Gracie. Por quase 4 anos nós rodamos a America, levando os valores e a cultura do Jiu-jitsu Brasileiro. Fui o representando do Estado da Flórida na Federação Amadora de MMA (Fighters Source), atuando com com Renzo Gracie, representando Nova Iorque, Romero “Jacaré” Cavalvanti, representando a Georgia e Dan “The Best” Severn.

    Com a boa fase, decidi me mudar para Gainnesville, a cidade na Flórida onde o Gatorade foi inventado (risos). Com esforço e dedicação, e um respeito enorme pelo ensino de Jiu-jitsu Brasileiro, firmei o meu próprio nome como uma marca de qualidade no meio, o Beto Nunes Brazilian Jiu Jitsu Team. Logo já estava atuando também em outras cidades vizinhas, como Ocala e Lake City, passando a firmar parcerias com as Academias que, por sua vez, passaram a representar o Beto Nunes Brazilian Jiu Jitsu Team, focando, particularmente, no Jiu-jitsu Kids.

    Professor Beto Nunes com crianças nos Estados Unidos
    Professor Beto Nunes (esq.), com o Professor Carlson Gracie Jr., no Exame de Faixa das crianças nos Estados Unidos na Academia De La Riva.

    Fight & Smart: Quais aprendizagens mais marcaram o seu trabalho com o ensino de BJJ nos EUA?

    Beto Nunes: Duas coisas foram fundamentais e guardarei para sempre comigo. Além dos nomes já citados, a riqueza que era conviver com o mestre Ricardo De La Riva, com o “príncipe” Carlson Gracie Junior e com o Mestre Luiz Palhares, Faixas-Pretas 7º Graus formados por Rolls e Rickson Gracie, com o Mestre Luiz Carlos Manimal, com o Mestre Crezio de Souza e muitos outros. Uma honra poder participar um pouco da história do Jiu-jitsu Brasileiro na America ao lado dessas pessoas. Outra situação que me marcou bastante foi, ao me tornar um profissional do Jiu-jitsu Brasileiro, poder criar e implementar meu próprio sistema de aula, principalmente para as crianças ao mesmo tempo em que eles me ensinavam cada vez mais a língua inglesa, com brincadeiras e um ambiente muito harmonioso.

    Fight & Smart: Conte sobre a sua experiência com BJJ nos Emirados Árabes Unidos, desde o treinamento das Forças Armadas até o ensino de BJJ as crianças das Escolas Públicas de Dubai. 

    Tudo estava indo bem nos EUA. Entretanto, o chamado de me tornar um profissional do Jiu-jitsu Brasileiro havia se aprofundado, e eu estava com o desafio de melhorar cada vez mais como um professor de crianças e adolescentes. Foi aí que surgiu a o convite para ir aos Emirados Árabes Unidos (EAU). Os EAU estavam fazendo um movimento duplo que me interessou demais. Primeiro, eles instituíram o Jiu-jitsu como atividade curricular nas escolas da Educação Básica. Segundo, eles estavam inovando o ensino e aprendizagem de Jiu-jitsu, com material estruturado para as aulas práticas e valorização dos instrutores (coaches). Assim, minha ida para Dubai foi inevitável

    Os desafios lá foram diferentes, aprendendo sobre uma cultura bem mais diferente daquele que havia vivenciado em Vera Cruz, com hábitos religiosos e sociais diferentes até o clima diferente, porém com uma coisa em comum: o Jiu-jitsu Brasileiro e seus valores do respeito mútuo, autoconfiança e disciplina. Uma outra diferença marcante também ocorreu em relação a cultura do Jiu-jitsu. Eu me refiro ao fato de que não havia “Time” ou “Equipe” de Jiu-jitsu. Ao contrário, todos os Professores, ou “Coaches”, faziam parte de um projeto maior de política pública para o país, algo que estamos prestes a começar no Brasil com o Projeto de Lei no Senado que aponta para a prática do Jiu-jitsu Brasileiro nas nossas escolas públicas.

    Fight & Smart: Quais aprendizagens mais marcaram o seu trabalho com o ensino de BJJ nos EAU?

    Como todo começo, as coisas eram difíceis. Em algumas aulas, tinha que acordar as 3h30 da manhã e dirigir 1h30 até o local de trabalho, em algumas Escolas Militares em cidades vizinhas de Dubai e Abu Dhabi. Nunca havia testado a minha dedicação com o ensino de Jiu-jitsu como nessa ocasião. Outra experiência marcante foi ter tido a oportunidade de ministrar uma aula de Jiu-jitsu para o Exército dos EAU ao lado do atleta de BJJ mais conhecido do país, o ídolo nacional, Faixa-Preta em Jiu-jitsu Brasileiro Faisal Al-Kitbe. Foi muito interessante e me fez voltar, na memória, ao início em Vera Cruz, pois eu “puxava” o treinamento em inglês e Faisal “puxava” em árabe (risos). Essa aula foi gravada pelo canal National Geographic Abu Dhabi e apresentada para todo o país. Teve também a experiência de participar, como Coach, da “Maior Aula de Jiu-jitsu Brasileiro para Crianças do Mundo”, quando entramos para o Guinness World Records com a aula de 25 de Novembro de 2015 (3640 crianças participaram da aula).

    Também tenho que falar sobre a gama de contatos e novos amigos que trabalharam ao meu lado, em especial a primeira turma que trabalhei, a galera da SAL, base militar mais rigorosa do Emirados Árabes. Nos tornamos amigos, com fortes laços, e também mantenho contanto com eles até hoje.

    Por fim, também tenho que mencionar os Campeonatos locais, o World Pro, Abu Dhabi Open, Dubai Open e vários outros em que eu arbitrava. Dessa vivência, surgiram convites para ministrar Seminários em academias na Europa e no Japão. Já pensou? Eu indo compartilhar minha experiência com o Jiu-jitsu Brasileiro no Japão, berço milenar da arte marcial que inspirou o Jiu-jItsu Gracie e o Jiu-jitsu Brasileiro como um todo? (emocionado)

    Fight & Smart: Toda esse acúmulo de experiência culminou na co-autoria do Programa Fight & Smart, voltado ao ensino de Jiu-jitsu Brasileiro as crianças brasileiras. Qual a sua expectativa com o Programa Fight & Smart? 

    Beto Nunes: Foram 3 anos trabalhando no Oriente Médio até que uma curva do destino me faz voltar ao Brasil. Em 2017, meu pai foi diagnosticado com câncer. Logo ao saber já desfiz meu contrato nos EAU e retornei para, junto aos meus irmãos e minha mãe, ajudar e dar força no tratamento. Hoje ele está bem e venceu essa! (suspira). Nesse interim, desenvolvi a ideia de criar um programa de ensino de Jiu-jitsu Brasileiro para crianças, que seria bilíngue, retomando a minha experiência com as escolas nos EUA e nos EAU. Ao compartilhar essa ideia com o educador Beto Cavallari, iniciamos o projeto em 2019 como um programa pedagógico com base em material didático, dentro dos parâmetros da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que é a área do Beto Cavallari.

    Com isso, temos a expectativa de contribuir com o desenvolvimento pleno das crianças brasileiras, algo que ainda é muito caro as politicas públicas voltadas a Educação Integral. Acreditamos que o Jiu-jitsu Brasileiro tem muito a contribuir com essa formação integral, e estamos muito focados em fazer isso acontecer nas escolas e nas academias no Brasil.

  • Prefeitura de Sapezal investe em projeto de Jiu-jitsu

    Prefeitura de Sapezal investe em projeto de Jiu-jitsu

    Projeto social de Jiu-jitsu para crianças conta com todo o apoio da Prefeitura de Sapezal, no mato Grosso

    O projeto é realizado em parceria com a Associação Cre&Ser e a Academia Zenith (Professor Murilo), ambas de Sapezal. Ele conta com o apoio da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes por meio do Departamento de Esportes. Com efeito, o objetivo é destacar a importância da modalidade esportiva na lapidação e formação do caráter dos alunos.

    Para o professor Elizeu, um dos responsáveis pelo projeto, o Jiu-jitsu é uma das boas ferramentas de formação de crianças, jovens e adolescentes na escola. Portanto, para participar do projeto os alunos devem estar matriculados na Rede de ensino e manter boas notas durante o ano letivo.


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    Consequentemente, o projeto vem se destacando dentro do cenário estadual, principalmente nas competições nas quais tem participado. Os alunos do município vêm obtendo excelentes resultados, o que lhes rendeu uma visita nobre ao prefeito Valcir, no ano passado.

    Naquela ocasião, o prefeito Valcir recebeu as crianças e bateu um papo sobre as conquistas obtidas pelos alunos do Projeto de Jiu-jitsu nas competições estaduais. Além disso, ele também escutou os relatos de experiências e os resultados obtidos pelas crianças, no dia a dia com a prática esportiva.

    Ao término, o prefeito Valcir falou da importância do poder público fomentar esse tipo de projeto, tão importante para os nossos jovens e para a sociedade em geral.

    Fonte: Assessoria de imprensa

  • Conheça o Programa Didático Fight & Smart de Jiu-jitsu Brasileiro na escola

    Conheça o Programa Didático Fight & Smart de Jiu-jitsu Brasileiro na escola

    O Programa Fight & Smart de Jiu-jitsu Brasileiro na Escola foi criado pelo professor Beto Nunes, Faixa-preta 4º Grau de Jiu-jitsu brasileiro, e pelo educador Beto Cavallari, Ph.D em Filosofia e Educação pela Columbia University, na cidade de Nova York.

    Sobretudo, o objetivo é a prestação de serviços educacionais. O foco é a iniciação e aprimoramento de práticas corporais de luta e de potencialização de aprendizagem interdisciplinar. O público-alvo são as crianças e adolescentes das escolas públicas e particulares bem como nas Academias que queiram incrementar a prática do Jiu-jitsu Brasileiro.

    Serviço completo

    • Prestação de serviços educacionais
    • Educadores, coordenadores e instrutores próprios
    • Plataforma Online
    • Livro do Estudante
    • Livro do Professor
    • Atividades práticas e teóricas
    • Quimonos e faixas
    • Exames de Grau e de Faixa
    • Eventos demonstrativos e competições.

    Qual é o objetivo do Programa Fight & Smart?

    Prestação de serviços educacionais, com foco na iniciação e aprimoramento de práticas corporais de luta e de potencialização de aprendizagem interdisciplinar, destinada ao atendimento das necessidades das Secretarias de Educação e das Escolas particulares.

    Qual é a estrutura do Programa Fight & Smart?

    Provemos um serviço completo, com instrutores próprios para as aulas presenciais, formação de professores, exames de Grau e de Faixa e Plataforma Online de Apoio a Aprendizagem. Também provemos material didático inédito e inovador, quimono e material de apoio, como bolas, cordas e cones.

    O Programa Fight & Smart está alinhado a BNCC?

    Sim, a estrutura pedagógico do Programa está alinhada aos princípios, critérios, competências específicas e habilidades dispostos na BNCC para o componente curricular Educação Física, unidade temática Luta. Além disso, por ser Interdisciplinar, o programa se alinha aos componentes curriculares História, Geografia e Inglês, através de material didático e método único e inovador de ensino de Jiu-jitsu brasileiro.

    Qual o modelo de aluno a ser formado pelo Programa?

    O Jiu-Jitsu Brasileiro esportivo vem notoriamente se comprovando uma atividade adequada para o desenvolvimento pleno de crianças e adolescentes, em suas dimensões intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e simbólica, a formação cidadã e a cultura da disciplina, respeito e coragem, noções necessárias ao indivíduo diante dos desafios do mundo futuro do trabalho. Além disso, há estudos que indicam o impacto da prática de Jiu-jitsu Brasileiro na redução da violência escolar e da evasão escolar.

    Professor Beto Nunes com alunos/modelos durante a sessão de fotos para a produção do material didático do Programa Fight & Smart. Foto: Fight & Smart.
  • BH deve incluir o Jiu-jitsu como atividade extracurricular obrigatória nas escolas

    BH deve incluir o Jiu-jitsu como atividade extracurricular obrigatória nas escolas

    Projeto de Lei institui no Município de Belo Horizonte a modalidade de luta Jiu-jitsu como atividade extracurricular obrigatória

    Os vereadores da cidade de Belo Horizonte (BH) acreditam que a prática das artes marciais no ambiente escolar poderia apresentar benefícios aos alunos como:

    • disciplina
    • desenvolvimento físico
    • reflexão moral
    • fortalecimento psicológic0

    Com efeito, tramita na Câmara de BH Projeto de Lei (PL) que institui a modalidade de luta Jiu-jitsu como atividade extracurricular obrigatória na rede municipal de ensino.

    A medida recebeu parecer favorável da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, em outubro de 2019.

    PL 838/19 é de autoria do vereador César Gordin (PHS), com relatoria do vereador Eduardo da Ambulância (Pode), e obteve parecer favorável dos vereadores.

    Conforme justifica o autor, primeiramente o esporte seria um meio reconhecido de resgate de vidas e forma eficaz de prevenção da criminalidade e iniciação nas drogas.

    Além disso, a criança que pratica a arte marcial se tornaria um adulto mais desenvolvido e comportamentalmente adequado aos desafios da vida.

    Ele ressalta, ainda, em sua justificativa, a economia de gastos hospitalares com população fisicamente ativa e ganhos futuros em segurança pública.

    O projeto seguirá para as comissões de Administração Pública e de Orçamento e Finanças Públicas, antes de ser apreciado em Plenário.

    Fonte: Câmara de Vereadores de Belo Horizonte